Educação certa

sábado, 30 de outubro de 2010

O QUE É AVALIAÇÃO?

 O que  é  Avaliação?


 Avaliação  é  um processo  continuo de aprendizagem no qual  deve-se  manter  a  interação entre
 professor  e  aluno .
Neste caso  avaliação  não  pode  ser vista  como  método  de  reprovação  mais  uma  especialidade para  promover o conhecimento participativo ,coletivo  e  construtivo  entre  ambos.
Podemos  afirmar  também  que  avaliação  se  divide  em diversas modalidades  como  formativa,diagnóstica,somatica entre  outras.

Mais  vamos  realizar  uma análise  rápida  sobre a  avaliação  formativa "é  um ponto de  partida ,útil para assimilação  ou  retificação  dos  conteúdos  abordados  em  aula e  aplicando  uma  estágios  para  um processo  de  aprendizagem avaliativo e possibilitando  ao  professor  abordagens  mais  didáticas.

Avaliação  somativa  está  integrada  ao  objetivos  específicos a serem aplicados  em aula e  captar  a  rentabilidade  cognitiva  dos  alunos  na  compreensão  e  aquisição  dos  conhecimentos adquiridos  pelos  educandos.

Outra  modalidade  trata-se  da  diagnóstica  seria  a  mais  complexa  entre  as  demais  pois  a diagnóstica  trabalha  com  a  visão  do  o todo das  demais  acima . Vamos  compreender  então  a  avaliação  diagnóstica  serve  para  nos  educadores  realizarmos  os  parâmetros  do conhecimento  dos  nossos  alunos  do  início ao  fim de  todo  os  processos  avaliativos, ela  avalia  os  conhecimentos  dos  alunos  quantos  aos  conteúdos que ele captou durante  o percurso  aprendido.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ETMOLOGIA DA PALAVRA PROFESSOR

Etimologia e semântica: professor

Uma questão de fé

Este texto é uma homenagem aos muitos professores que lêem este blogue.

Quem não ouviu alguma vez um professor afirmar que a sua profissão, pela entrega que exige, é um sacerdócio? Pois a verdade é que os primeiros cristãos foram também os primeiros professores da História, porque «professavam», isto é, declaravam publicamente a sua fé, ainda que lhes pudesse custar a vida.

A palavra formou-se a partir do latim profiteri, com o mesmo significado,
formada por fateri (confessar),
com o prefixo pro- (diante, com o sentido de «diante de todos, à vista»).

A partir de certa época, um professor passou a ser aquele que «professava», ou seja, que declarava publicamente que possuía conhecimentos em determinada área do saber e que podia transmiti-los.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Crianças - A Educação nos Primeiros Dias

Se nosso mundo parece imperfeito, injusto, repleto de indivíduos egoístas, onde o conflito pessoal parece ser uma coisa inevitável, nós, como adultos e educadores, precisamos aprender alguma coisa, algo além das fórmulas que já foram exaustivamente tentadas para resolver essa questão.
Mas, do mesmo modo que o agricultor, que deseja se tornar mestre em cultivo precisa conhecer porque sua colheita não se desenvolve adequadamente, como educadores, também precisamos saber, porque nossas crianças e alunos continuam a repetir os antigos comportamentos, os mesmos que construíram o mundo repleto de vícios e imperfeições que ora não nos agrada.
 A lógica é bem simples: se não nos agrada, se aparentemente não agrada a uma maioria expressiva, por que razão se perpetua ao longo dos séculos, o sofrimento humano e suas causas, os conflitos entre indivíduos, a violência, a inveja, e todas essas coisas que conhecemos bem? Por que continuam nossos filhos e filhos destes a repetirem os mesmos conflitos dos seus antepassados, as mesmas angústias, as mesmas formas de medo, tamanha confusão?
Será que como educadores e pais ainda não dos damos conta disso; dos ciclos que se repetem, dos comportamentos que criam novos indivíduos a imagem e semelhança dos antigos, incluindo seus problemas? Especialmente como pais, será que não temos em nossos filhos uma cópia de nossas angústias pessoais, gostos e tradições, exatamente como também já fizeram conosco nossos pais, e como já herdaram nossos avós de seus predecessores?
  Reconhecer onde está um problema deve ser a primeira providência a ser tomada por aquele que pretende solucioná-lo; mas se apenas deseja passá-lo como herança à posteridade, então nada deve ser feito, apenas repetir o processo, passar adiante aquilo que já aprendemos.
Se de uma sementeira apenas alguns grãos são capazes de germinar, reconhecer que ali, dentre os sadios, existem grãos defeituosos, deve ser o primeiro passo do agricultor que pretende ter uma boa colheita. Depois, como ele fará para separar os defeituosos dos sãos, deverá ser sua providência para resolver o problema.  
Se nossos esforços contemplam apenas nossos interesses, como podemos suprir os interesses dos nossos filhos?
 Supondo que assim seja por tradição, isto é, que sementes saudáveis, por força de antigos costumes praticados durante anos, onde, aquele que não serve é igualmente misturado ao que serve, continuar com tal prática, sugere que uma boa colheita jamais será possível. Ciente de que na antiga prática está o problema, parte da solução já está encaminhada.
 "O Cuidar tem hora para começar, jamais para terminar".
 Supondo que alguém, ao dirigir-se ao rio para coletar água e levar para sua casa, perceba que seu vasilhame está com muitos furos. Depois de tentar várias vezes transportar a água, ele percebe que, se caminhar mais depressa, poderá chegar em casa, com uma quantidade maior de água. Então ele resolve que aquilo é a solução para o problema, e daí passa o costume para seus herdeiros.
Agindo dessa forma, não estaria resolvendo o problema, mas, apenas admitindo que tal prática seja coisa válida. Seria o mesmo que tentar resolver o problema do sofrimento humano, apenas aumentando, por exemplo, as formas capazes de lhes proporcionar algum tipo de alegria.
 Assim, como pais e educadores, se de verdade nos preocupamos com o futuro de nossos filhos e alunos, com o futuro da humanidade, que são seus indivíduos, em primeiro lugar, precisamos estar cientes de que os problemas, causas das aflições de todos, são modelos de conduta que se perpetuam através dos tempos, incrustados em nossas vidas como tradições, como dogmas, como verdades que, nos fazem acreditar, serem coisas necessárias, imprescindíveis ao nosso viver, impossíveis de serem mudadas.
Reconhecer onde está o problema é parte da solução. Depois, reconhecer que o novo modelo não pode ser derivado do antigo, é a solução em si. De que adianta descobrirmos uma nova forma de arar e preparar o terreno, novos fertilizantes e meios de irrigação, se as sementes continuam as mesmas de antes?
Cumpre como de extrema urgência a pais e educadores, descobrirem por si mesmos a verdade contida em tudo isso, pois apenas dessa forma, serão capazes de não repetirem os antigos vícios, todas as antigas formas de conduta, responsáveis direto pelo sofrimento e desespero do homem sobre a terra, em nossos dias, e talvez, em dias vindouros.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

educaçaõ e reciclagem



Um dos temas mais populares em Educação Ambiental é o da Reciclagem. Pequenas oficinas têm sido montadas para que os alunos possam aprender os rudimentos do processo de reciclagem do papel, professores de Educação Artística põem a mão na massa para mostrar aos alunos como materiais velhos podem ganhar nova vida, forma e utilidade.

As vantagens econômicas e sociais da separação e coleta seletiva do lixo são claramente apontadas, enquanto os estudantes entusiasticamente envolvem-se em gincanas e concursos para a coleta de material reciclável. Parece não haver dúvida de que produzimos e consumimos mais do que a biosfera pode suportar , mantendo o seu equilíbrio ecológico. Qual é a origem dos nossos hábitos de consumo desenfreado? De que modo começou esse processo desgastante e desequilibrador?

Revolução Industrial e Sociedade de Consumo A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, no século XVIII, trouxe em seu bojo novos conceitos, como o da linha de montagem , possibilitando a estruturação do sistema capitalista do século XX e abrindo espaço para um novo mercado de consumo, como nunca antes visto.
Na linha de montagem cada máquina usava um molde da peça ou parte da peça que se queria produzir e passou-se a produzir em série, por um conjunto de operários, o que antes era feito lentamente pelo artesão. Ao mesmo tempo em que se eliminou a relação artesanal entre o produto e seu produtor, gerou-se um novo problema econômico. Pela primeira vez, os sistemas de produção representados pelas novas indústrias eram capazes de produzir mais do que o consumidor necessitava. Que fazer com essa nova capacidade de produção ociosa?
Criar novas necessidades e, portanto ampliar os mercados consumidores. Eis a resposta! Nasce então uma nova fórmula de sustentação desse processo: através da propaganda são continuamente geradas novas necessidades que são supridas pela indústria, comércio ou serviços. É a poderosa sociedade de consumo firmemente estabelecida na sociedade moderna.

Assim, ao comprar um eletrodoméstico, ficamos satisfeitos com ele, até que a propaganda crie em nós a necessidade de um modelo mais moderno ou com um novo design. Dessa mesma forma nos sentimos em relação a roupas, sapatos e muitos outros itens de consumo.

A conseqüência mais imediata desse tipo de comportamento é a grande quantidade de produtos que acabamos comprando e jogando fora. E agora, que fazer com tanto lixo e fatores poluentes?
Reciclagem: um produto da sociedade de consumo.
Programas de reciclagem, aí está a solução!

Começam a surgir os programas de reciclagem de vidro, metal, certos tipos de papel, plástico, de cujos sucessos temos notícia em situações bastante específicas, principalmente a partir da década de 90. As escolas também se interessaram pelo tema e multiplicaram-se os projetos de Educação Ambiental, cujo tema é a reciclagem.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Inclusão Digital no Brasil


A inclusão digital é um assunto muito comentado nos meios de comunicação, e vem sendo discutido no cenário político, fazendo com que ações, projetos e programas sociais sejam elaborados e implantados em diversos países no mundo. Ao longo da história, novas tecnologias têm tido o poder de influenciar o comportamento da sociedade, assim como os telefones, o rádio, a televisão, e agora, com um pouco mais de 1 década, a internet.
A nova era que vivemos, a era da informação, possibilita a nós o uso de diversas soluções digitais eficazes que beneficiam muito o nosso dia-a-dia. Porém, milhões de pessoas são classificadas como excluídos digital, não obtendo acesso às redes de comunicação interativas através de computadores conectados à internet.

A Exclusão Digital
                   
Para termos uma idéia dos que são excluídos digitais, podemos fazer perguntas tais como: “Num país como o Brasil, quantos domicílios têm acesso a um computador com linha telefônica disponível para acesso a internet?”. Recentemente, segundo o Mapa de Exclusão Digital divulgado no início de Abril/2003 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), juntamente com outras entidades, aproximadamente 12,46% dos brasileiros têm computador em suas residências e pouco mais de 8,31% encontram-se conectados à Internet.
A exclusão digital reflete na sociedade trazendo consequências culturais, sociais e econômicas, visto que a distribuição desigual da tecnologia, acesso à computadores conectados a internet beneficia apenas um determinado número de pessoas.
“Três pilares formam um tripé fundamental para que a inclusão digital aconteça: TIC’s, renda e educação”. (Silva Filho, Antônio Mendes de).

A Inclusão Digital

A inclusão digital basicamente é a iniciativa de fazer com que a sociedade obtenha conhecimento mínimo para utilizar os recursos da tecnologia da informação e de comunicação (TIC), bem como ter e utilizar os recursos físicos, tais como os computadores com acesso à internet.
Muitas iniciativas foram tomadas, dentre uma delas, o governo tomou a iniciativa de disponibilizar laboratórios de informática nas escolas brasileiras e o acesso à internet com banda larga. Embora o aumento de computadores nas escolas públicas no Brasil venha aumentando a cada ano, a pesquisadora Neide de Aquino Noffs, da Faculdade de Educação da PUC-SP diz que a inclusão digital nas escolas da rede pública ainda não é uma realidade. "O laboratório de informática existe, mas não é usado com freqüência. Não é uma atividade rotineira para os alunos; não é como a biblioteca, que fica aberta o tempo todo", afirma Noffs.
Para que a inclusão digital tenha êxito, seria necessário a capacitação dos professores para que a sua aula seja integrada ao uso dos computadores. Alguns exemplos de sucesso são ocorridos em escolas particulares, que contratam monitores que são responsáveis pela manutenção dos laboratórios, estando disponíveis para o acesso aos laboratórios; além disso, os professores têm o auxílio deste para prepararem suas aulas com os recursos.
Outra iniciativa é o projeto dos Telecentros de São Paulo/SP, que teve seu início nos meados de 2001. A prefeita Marta Suplicy assinou um decreto que permitiu a criação da Coordenadoria do Governo Eletrônico, órgão responsável pelas políticas públicas de inclusão digital; sendo o primeiro telecentro no bairro Cidade Tiradentes.
Em Março/2002, depois da estabilização do primeiro Telecentro, começaram a ocorrer, em fase de testes, algumas oficinas para atrair um público mais diversificado. Após a avaliação inicial, foi comprovada a eficácia das oficinas efetuadas. Porém, uma das dificuldades neste projeto é conseguir estabelecer um indicador de qualidade, para que se possa medir a eficácia do projeto e comparar com outros projetos que estão sendo executados em paralelo. Um estudo de caso que poderá ser efetuado, e está sendo estudado, é a criação de cooperativa que irão utilizar a estrutura dos telecentro para desenvolvimento de software livre, assim podendo gerar renda para os participantes nesse grupo.
Outro importante caso de sucesso a ser analisado é o apresentado em uma matéria informativa publicada pelo site ondajovem, que diz: “O Comitê para a Democratização da Informática (CDI), um projeto pioneiro na área, que em dez anos já criou 800 Escolas de Informática e Cidadania em 20 Estados, e cuja metodologia de ensino envolve a tomada de consciência da realidade social. “Nosso objetivo é formar cidadãos”, diz Rodrigo Baggio, fundador do Comitê. A idéia é que a inclusão digital leve à inclusão social. Ao aprender a fazer planilhas eletrônicas no programa Excel, por exemplo, os alunos entram em contato com dados sobre as desigualdades sociais. “Queremos que os jovens se tornem conscientes e possam se posicionar para uma transformação”, afirma Fábio de Oliveira, diretor de operações do CDI, que em 2004 atendeu 120 mil alunos.”. Porém um grande entrave para projeto desse tipo é a infra-estrutura envolvida, pois necessita-se de Internet de banda larga e a falta de tecnologia adequada encarece ou até mesmo inviabiliza o acesso à informática em algumas regiões do país.”

Conclusão

Embora iniciativas tenham sido executadas com sucesso, ainda é necessário uma política pública rígida ao combate a exclusão digital. Isto seria possível elaborando parcerias do governo com setores da indústria, comércio para ampliação dos telecentros e investimentos na educação, visto que é um dos pilares importantes para o acesso à TIC. A inclusão digital deveria ser uma responsabilidade social, visando a inclusão dos excluídos digital, na sua integração junto a sociedade da informação.
Além disso, o acesso à internet deve ser democratizado, visto que é um robusto banco de informações e serviços e deve ser disponibinível à toda sociedade brasileira.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Biografia de Sócrates: Um divisor de águas na história da filosofia terrena


Vida

Detalhes sobre a vida de Sócrates derivam de três fontes contemporâneas: os diálogos de Platão, as peças de Aristófanes e os diálogos de Xenofonte. Não há evidência de que Sócrates tenha ele mesmo publicado alguma obra. As obras de Aristófanes retratam Sócrates como um personagem cômico e sua representação não deve ser levada ao pé da letra.
Sócrates casou-se com Xântipe, que era bem mais jovem que ele, e teve três filhos: Lamprocles, Sophroniscus e Menexenus. Seu amigo Críton criticou-o por ter abandonado seus filhos quando ele se recusou a tentar escapar antes de sua execução, mostrando que ele (assim como seus outros discípulos), parece não ter entendido a mensagem que Sócrates tenta passar sobre a morte (diálogo Fédon), antes de ser executado.
Não se sabe ao certo qual o trabalho de Sócrates, se é que houve outro além da Filosofia. De acordo com algumas fontes, Sócrates aprendeu a profissão de oleiro com seu pai. Na obra de Xenofonte, Sócrates aparece declarando que se dedicava àquilo que ele considerava a arte ou ocupação mais importante: maiêutica, o parto das idéias. A maiêutica socrática funcionava a partir de dois momentos essenciais: um primeiro em que Sócrates levava os seus interlocutores a pôr em causa as suas próprias concepções e teorias acerca de algum assunto; e um segundo momento em que conduzia os interlocutores a uma nova perspectiva acerca do tema em abordagem. Daí que a maiêutica consistisse num autêntico parto de ideias pois, mediante o questionamento dos seus interlocutores, Sócrates levava-os a colocar em causa os seus “preconceitos” acerca de determinado assunto, conduzindo-os a novas ideias acerca do tema em discussão. Platão afirma que Sócrates não recebia pagamento por suas aulas. Sua pobreza era prova de que não era um sofista.
Várias fontes, inclusive os diálogos de Platão, mencionam que Sócrates tinha servido ao exército em várias batalhas. Na Apologia, Sócrates compara seu período no serviço militar a seus problemas no tribunal, e diz que qualquer pessoa no júri que imagine que ele deveria se retirar da filosofia deveria também imaginar que os soldados devessem bater em retirada quando era provável que pudessem morrer em uma batalha.
Algumas curiosidades: Sócrates costumava caminhar descalço e não tinha o hábito de tomar banho. Em certas ocasiões, parava o que quer que estivesse fazendo, ficando imóvel por horas, meditando sobre algum problema. Certa vez o fez descalço sobre a neve, segundo os escritos de Platão, o que demonstra o caráter legendário da figura Socrática.

Idéias filosóficas

As crenças de Sócrates, em comparação às de Platão, são difíceis de discernir. Há poucas diferenças entre as duas idéias filosóficas. Conseqüentemente, diferenciar as crenças filosóficas de Sócrates, Platão e Xenofonte é uma tarefa difícil e deve-se sempre lembrar que o que é atribuído a Sócrates pode refletir o pensamento dos outros autores.
Se algo pode ser dito sobre as idéias de Sócrates, é que ele foi moralmente, intelectualmente e filosoficamente diferente de seus contemporâneos atenienses. Quando estava sendo julgado por heresia e por corromper a juventude, usou seu método de elenchos para demonstrar as crenças errôneas de seus julgadores. Sócrates acredita na imortalidade da alma e que teria recebido, em um certo momento de sua vida, uma missão especial do deus Apolo Apologia, a defesa do logos apolíneo “conhece-te a ti mesmo”.
Sócrates também duvidava da idéia sofista de que a arete (virtude) podia ser ensinada. Acreditava que a excelência moral é uma questão de inspiração e não de parentesco, pois pais moralmente perfeitos não tinham filhos semelhantes a eles. Isso talvez tenha sido a causa de não ter se importado muito com o futuro de seus próprios filhos. Sócrates freqüentemente diz que suas idéias não são próprias, mas de seus mestres, entre eles Pródico e Anaxágoras de Clazômenas .

Amor

No Simpósio, de Platão, Sócrates revela que foi a sacerdotisa Diotima de Mantinea que o iniciou nos conhecimentos
e na genealogia do amor. As idéias de Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor.

Conhecimento

Sócrates sempre dizia que sua sabedoria era limitada à sua própria ignorância (Só sei que nada sei.). Ele acreditava que os atos errados eram conseqüências da própria ignorância. Nunca proclamou ser sábio. A intenção de Sócrates era levar as pessoas a se sentirem ignorantes de tanto perguntar, problematização sobre conceitos que as pessoas tinham dogmas, verdades. De tanto questionar, principalmente os sábios, começou arrebanhar inimigos.

Virtude

Sócrates acreditava que o melhor modo para as pessoas viverem era se concentrando no próprio desenvolvimento ao invés de buscar a riqueza material. Convidava outros a se concentrarem na amizade e em um sentido de comunidade, pois acreditava que esse era o melhor modo de se crescer como uma população. Suas ações são provas disso: ao fim de sua vida, aceitou sua sentença de morte quando todos acreditavam que fugiria de Atenas, pois acreditava que não podia fugir de sua comunidade. Acreditava que os seres humanos possuíam certas virtudes, tanto filosóficas quanto intelectuais. Dizia que a virtude era a mais importante de todas as coisas.

Política

Diz-se que Sócrates acreditava que as idéias pertenciam a um mundo que somente os sábios conseguiam entender, fazendo com que o filósofo se tornasse o perfeito governante para um Estado. Se opunha à democracia aristocrática que era praticada em Atenas durante sua época,essa mesma ídéia surge nas Leis,em Platão e Sócrates não deixou nenhum escrito,nem ao menos sobre política.Tudo que sabemos sobre seus pensamento está na obra de Platão, seu discípulo.

Ruptura e Legado

Sócrates provocou uma ruptura sem precendentes na história da Filosofia grega, por isso ela passou a considerar os filósofos entre pré-socráticos e pós-socráticos. Os sofistas, grupo de filósofos (embora seja negado por Platão) originários de várias cidades, viajavam pelas pólis, onde discursavam em público e ensinavam suas artes, como a retórica, em troca de pagamento. Sócrates se assemelhava exteriormente a eles, exceto no pensamento. Platão afirma que Sócrates não recebia pagamento por suas aulas. Sua pobreza era prova de que não era um sofista. Para os sofistas tudo deveria ser avaliado segundo os interesses do homem e da forma como este vê a realidade social(subjetividade). Isso significa que, segundo essa corrente de pensamento, as regras morais, as posições políticas e os relacionamentos sociais deveriam ser guiados conforme a conveniência individual. Para este fim qualquer pessoa poderia se valer de um discurso convicente, mesmo que falso ou sem conteúdo. Os sofistas usavam, de fato, complicados jogos de palavras, no discurso para demonstrar a verdade daquilo que se pretendia alcançar, este tipo de argumento ganhou o nome de sofisma. Em resumo, a sofística destruia os fundamentos de todo conhecimento, já que tudo seria relativo (relativismo) e os valores seriam subjetivos, assim como impedia o estabelecimento de um conjunto de normas de comportamento que garantissem os mesmos direitos para todos os cidadãos da pólis. Tanto quanto os sofistas, Sócrates abandonou a preocupação em explicar e se concentrou no problema do homem. No entanto, contrariamente aos sofistas, Sócrates travou uma polêmica profunda com estes, pois procurava um fundamento último para as interrogações humanas ( O que é o bem? O que é a virtude? O que é a justiça?), enquanto os sofistas situavam as suas reflexões a partir dos dados empíricos, o sensório imediato, sem se preocupar com a investigação de um essência da virtude, da justiça do bem etc., a partir da qual a própria realidade empírica pudesse ser avaliada.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO


O papel e a atuação do professor já não é há muito tempo a mesma do passado. Antes ele detinha “todo” conhecimento e depositava nos seus alunos aquilo que havia estudado. Porém, esse estudo era normalmente lido e repassado para eles sem reflexão ou visão crítica dos conteúdos.
Hoje, felizmente, podemos e devemos ensinar nossos alunos a pensar, a questionar e a aprender a ler a nossa realidade, para que possam construir opiniões próprias.
Para que isto ocorra o professor deve, em primeiro lugar, gostar e acreditar naquilo que faz, ou seja, através de seus atos e ações ele servirá de modelo para seus alunos; se ele ensina a refletir ele deve também refletir, se ele ensina a respeitar o próximo ele deve respeitar seus alunos e assim por diante. Deste modo ele está sendo uma prova viva daquilo que está ensinando, pois bem a sua frente existem seres humanos que estão sendo moldados por ele.
O aluno é como se fosse um solo fértil , onde o professor semeia suas melhores sementes para que se produzam belos frutos. A relação professor/aluno deve ser cultivada a cada dia, pois um depende do outro e assim os dois crescem e caminham juntos. E é nessa relação madura que o professor deve ensinar que a aprendizagem não ocorre somente em sala de aula. Se estivermos atentos aprendemos a todo momento e não só na escola com o professor. Assim, o aluno irá desenvolver um espírito pesquisador e interessado pelas coisas que existem; ele desenvolverá uma necessidade por aprender, tornando-se  um ser questionador e crítico da realidade que o circunda. Como diz o filósofo: “O verdadeiro objetivo da Educação não é meramente prover informação, mas o estímulo de uma consciência interna”.

PROFESSORES QUE INSPIRAM, por Dr. Anthony P. Witham

” Professores que inspiram . . .

    * percebem que , em última análise, não irá contar o quanto seus alunos aprenderam , mas o quanto acumularam conhecimento e habilidades que possam ser usadas por toda a vida;
    * despertam o potencial infantil ao invés de reprimi-lo; elogiam o esforço de cada aluno ao invés de ignorá-lo, estimulam ao invés de encobrir a curiosidade da criança;
    * percebem que eles devem respeitar seus alunos, sem impor seus valores pessoais, pois cada um precisa explorar e estabelecer seus valores próprios;
    * ajudam os alunos a descobrir seus dons, porém esses talentos “escondidos” podem ser facilmente dominados se o principal enfoque estiver no texto ou na avaliação, e não na criança;
    * disponibilizam seu tempo espontaneamente e lembram-se de encorajar aqueles que têm mais dificuldades;
    * corrigem os erros do aluno e elevam sua auto-estima ao mesmo tempo;
    * motivam mentes jovens a pensar por eles mesmos , muito mais do que se preocupam com fatos que exijam memorização;
    * percebem que o maior de todos os presentes que eles podem oferecer a seus alunos não é seu talento pessoal ou sua esperteza, mas ajudar cada a um a descobrir e a se apropriar de sua própria esperteza e talento;
    * encorajam mentes a pensar, mãos a criar e corações a amar – professores que exigem muito e que recebem muito;
    * nunca se empenham em explicar sua visão pessoal de mundo, mas simplesmente convidam seus alunos a ficarem ao seu lado para que eles possam ver o mundo por eles mesmos;
    * minimizam as deficiências de seus alunos e realçam seu dom natural. Tais professores nunca forçam um dançarino a cantar nem um cantor a dançar. Eles permitem com que seus alunos acendam sua própria “lâmpada” no momento e da maneira deles;
    * acreditam que a comunicação em sala de aula não melhora  se falada em voz muito alta;
    * acreditam que exemplo não é uma ferramenta de influências para impressionar mentes jovens, e sim a chave para moldar atitudes positivas, valores e hábitos de estudo para os alunos;
    * recordam seus alunos de que ganhar não é tudo na vida, mas ir em busca de seus ideais sim;
    * sabem que o presente mais valioso do mundo não é dinheiro nem livros, mas ter uma vida nobre;
    * não acham que eles têm que estar com seus alunos, eles querem estar com eles. Ensinar não é uma profissão , mas uma escolha que optaram em consideração ao próximo;
    * concordam com Eleanor Roosevelt que disse, “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos”;
    * percebem que na vida de cada aluno existe um espaço esperando ser preenchido pelo professor, que pode comunicar auto confiança, criação de talentos que não foram descobertos e incentivo às atitudes na vida para o seu crescimento;
    * inspiram bons sentimentos nas crianças e na juventude, pois sabem que eles nunca irão conseguir medir o quanto influenciaram na vida de uma criança;
    * acreditam que algum dia seus alunos irão perceber que eu estou lá para ajudá-los a alcançar seus objetivos ou a completar suas tarefas, a melhorar sua auto-imagem e que existem algumas fronteiras que eles não podem alcançar;
    * acreditam no credo: “ensine aquilo que a sua consciência achar certo; ensine aquilo que a sua razão disser que é o melhor; ensine com toda o seu espírito e poder; faça o seu dever e seja abençoado”;
    * acreditam que aprender, fazer e ensinar acontecem quase que ao mesmo momento na vida -elas ocorrem normalmente simultaneamente. A criança que estamos ensinando a ler e a escrever está, ao mesmo tempo, nos ensinando sobre a inocência e a maravilha;
    * tentam garantir a cada criança oportunidades iguais – não se tornar “igual” mas “diferente”, compreender todo potencial do corpo, mente e espírito que ele ou ela possui;
    * optam por alternativas positivas em estabelecer disciplina em sala de aula, ao invés de depender unicamente das formas diversas de punição;
    * encorajam e afirmam para a criança não aquilo que ela é, mas aquilo que ela virá a ser;
    * estão sensíveis por saber o quanto suas palavras e ações podem afetar seus alunos positiva ou negativamente;
    * acreditam que um relacionamento positivo entre aluno e professor se origina através do respeito;
    * suscitam atitudes positivas em sala de aula e criam uma corrente contínua de pensamentos e idéias positivas;
    * são entusiastas, enérgicos e eternamente otimistas em relação à potencialidade de seus alunos;
    * concordam com o pensamento de Grayson Kirk’s que diz: “A função mais importante da educação, em qualquer grau, é desenvolver a personalidade do indivíduo e o significado de sua vida para ele mesmo e para os outros”.